14/06/2011

Liberdade ou libertação

A palavra liberdade pode ser definida ou entendida de diversas formas:

- ela pode se referir à situação experimentada sem constrangimentos;
- a possibilidade de agir segundo a própria determinação de quem age;
- a probabilidade de ação sem limitações exteriores;
- a um tipo de experiência que não demanda compromissos;
- ao estado de quem não se encontra na dependência total ou parcial de alguém;
- de quem não se encontra detido ou preso;
- de quem vive na completa ausência de condicionamentos;
- da possibilidade de se afastar definitivamente de uma vida dirigida por qualquer tipo de norma;
- como a qualidade da vontade humana de seguir os próprios motivos e valores, ação determinada e orientada por uma consciência lúcida e determinada pela razão, sem a interferência de qualquer paixão;
- a possibilidade de decidir sem motivos;
- a manifestação absoluta da vontade.

Se tomarmos o que foi dito acima como definições possíveis para a experiência da liberdade, ou mesmo que só poderemos reconhecer uma experiência como sendo livre quando ela coincidir com tais parâmetros e mais, se levarmos em consideração que a nossa experiência como homens e mulheres vem sempre condicionada por algo ou por alguém, que é sempre uma experiência vivida dentro de certas circunstâncias ou limitações, chegaremos à conclusão de que a liberdade não existe ou de que ela é uma experiência impossível de ser vivida por qualquer homem ou mulher, principalmente se este homem ou mulher se encontrar vivendo dentro dos limites de uma sociedade regida por leis, normas, regras ou valores que condicionam o que se pode ou o que não se pode fazer ou ser.
Neste sentido, podemos afirmar que um homem ou uma mulher experimentando plenamente a liberdade não existe. Podemos pensar e ver, isto sim, homens e mulheres em processos de libertação, em luta para se tornarem livres.
(continua)


Alexsandro