25/08/2011

O mundo que merecemos

Não importa a qual tema se aplique, a maioria de nós somos um desastre. Caindo no mau gosto da generalização, arrisco dizer que emocionalmente nossa sociedade é por demais infantil. Não somos muito afeito as responsabilidades, não queremos nos comprometer com nada mais do que nossas picuinhas. Queremos aquilo que é cômodo, mesmo que não saibamos o que isso significa. Reina uma espécie de letargia: esperamos milagres ou soluções mágicas vindas sabe-se lá de onde. Culpamos os "outros" ou "eles" pelos os infortúnios da vida. O mal vem sempre do outro lado. Esperamos que "alguém" resolva aquilo que caberia a nós resolver.
É duro ter que constatar, mas temos a nossa volta o mundo que merecemos. Pois se não fizemos o mundo que ai se encontra, pelo menos permitimos que ele continue do jeito que encontramos, e as vezes, até pior.


Alexsandro

Só vejo cadáveres diante de mim

Como é lamentável ver quanta gente é nada mais que um grande caixão carregando verdades mortas. Vidas em ruína que não percebem a arbitrariedade dos fatos humanos, mas que teimam em afirmar uma posição diante do mundo como se fossem verdadeiros bastiões da lucidez. Uma lucidez cadavérica, tola, embriagada de superstições, preconceitos e desinformação. São sombras que não atualizaram o espírito. Crêem-se imortais, eternas, mas são de fato estrangeiras do seu tempo, refugiadas de si mesmo, em um campo de concentração de verdades que extirpou suas idiossincrasias. Sem lucidez, não sabem do seu tempo, não sabem de si, não sabem da vida. São fascistas errantes, sem singularidade, sem tempo, sem propósito próprio, que buscam reconhecimento dos seus pares, nulidades sem voz e sem sensação, moscas mortas na rede elétrica das certezas efêmeras.
Não se desligam das grandes ilusões. Acham que vão preencher a história com alguma grande realização. Que vão conseguir ultrapassar o grande abismo da idiotice e entrar no reino dos sábios e da lucidez. Acreditam que vão conquistar algo e fazer suas vidas saírem do nada no qual se encontram.
São órfãos que não entenderam a força da arbitrariedade das verdades e das culturas e procuram um pai para a humanidade. Querem verdades adequadas às suas capacidades de compreensão. Querem um fundamento racional diante do caótico. Querem uma vocação metafísica para si e para humanidade. Querem controlar o tempo. Enquanto isso não vêem os grãos da ampulheta caindo sobre cada verdade que já foi um dia fonte de sabedoria e alucinação.


Alexsandro

14/08/2011

Apoio exagerado


Geralmente quando um casal tem problemas entre si o conselho comum é o de que eles devem buscar ser mais solidárias entre si, entretanto, uma série de estudos da Universidade de Iowa mostra que o apoio exagerado ou a forma errada de suporte pode realmente fazer mais mal do que bem.
Estudo recente de casais heterossexuais em seus primeiros anos de casamento verificou que o apoio é muito mais difícil para um casamento que não é satisfatório. Por sua vez, quando se trata de uma relação satisfatória, ambos os parceiros estão mais felizes quando o marido recebe o tipo certo de apoio na hora certa e se a esposa recebe apoio quando de fato precisa.
Os resultados ilustram a necessidade de se entender de várias maneiras as reais necessidades do parceiro e ser seu suporte, bem como a importância de comunicar o que necessitam e quando,
Erika Lawrence, professora de psicologia na Faculdade UI de Artes Liberais e Ciências, diz:
"A idéia de simplesmente ser mais favorável é melhor para o seu casamento é um mito. Muitas vezes os maridos e as esposas pensam: 'Se meu parceiro realmente me conhece e me ama, ele ou ela vai saber que estou chateado e saberá como me ajudar'. No entanto, essa não é a melhor maneira de abordar o casamento. Seu parceiro não deveria ter que ser um leitor de mente. Casais serão mais felizes se eles aprendem a dizer: 'Isto é como eu estou sentindo, e é assim que você pode me ajudar.'"


Para texto da pesquisa: AQUI

Casamento e auto-estima

Um estudo realizado na Universidade Estadual de Nova Iorque (EUA) examinou como a questão da autoestima influência numa relação. Tendo como parâmetro os custos da interdependência e da busca por objetivo autônomo, verificaram-se como os custos de autonomia ativa automaticamente fatores compensatórios aos processos cognitivos que atribuem maior valor ao parceiro. Pesquisadores conduziram testes com jovens recém-casados e observaram que quando uma das partes tem autoestima muito baixa existe a tendência deste se tornar muito dependente e não consegue corresponder às expectativas do cônjuge. Em casos assim o relacionamento começa a se deteriorar já no primeiro ano. O problema se agrava quando o parceiro que possui autoestima baixa começa a tornar o outro cada vez mais responsável por suas próprias necessidades.

13/08/2011

Ou nós ou eu



Estudo revela como o uso desses pronomes podem ser indicador de como anda uma relação


O estudo examinou a relação entre o uso dos pronomes pessoais e a qualidade emocional do casamento. Ou seja, o grau da interação e qualidades emocionais pode ser medido pela forma como cada um ou ambos usam os pronomes.  O estudo monitorou casais de meia-idade e idosos envolvidos em uma discussão de 15 min. Durante o qual a fisiologia e comportamento emocional foram monitorados continuamente. Transcrições integrais das conversas foram codificadas em duas categorias lexicais:
(a) "nós" - pronomes e palavras cujo foco era sobre o casal,
(b) "eu" - pronomes e palavras cujo foco era sobre os cônjuges individuais.
O resultado indicou que o uso de pronomes como “nós” e “nosso” nas discussões tem como conseqüência brigas menos longas e desgastantes (possibilitando uma relação mais tranqüila). Já a presença marcante do uso dos pronomes “eu”, “você”, “meu” e “seu” indicaram um forte sinal de que a relação não ia nada bem.

Homem carinhoso? Quem diria.

Um estudo que procurou examinar a vida sexual e afetiva em relacionamentos de casais de meia-idade e idosos em relacionamentos que variavam entre 1 e 51 anos de duração trouxe a tona algumas conclusões inusitadas. A pesquisa foi realizada em cinco países: Brasil, Alemanha, Japão, Espanha e os EUA e entrevistou cerca de 1.009 casais. Entre as variáveis investigadas buscou-se saber sobre escolaridade, saúde, intimidade física, comportamento sexual, etc. O histórico da vida sexual serviu de referência para medir o grau de felicidade do modelo de relacionamento e a satisfação sexual. Entre outras conclusões do estudo citamos uma que desmistifica a idéia de que são os homens que colocam o sexo em primeiro lugar:
O estudo demonstrou que para os homens o carinho em um relacionamento tem mais importância do que para as mulheres. Para eles a troca de carinho é o sinal de um bom relacionamento, o que não ocorre com as mulheres. Elas, por sua vez, apontaram para a vida sexual como indicador de satisfação no relacionamento.


Para texto da pesquisa: AQUI