28/11/2011

Interpretação e julgamento (II)


A questão é bem clara e dispensa maiores comentários. As pessoas que produzem julgamentos a respeito daquilo ou daqueles que não entendem estão na realidade preocupadas em chamar a atenção para serem elas mesmas julgadas (ou interpretadas(?)), porque sem isto, restaria apenas a desgraça de permanecerem medíocres e o que é pior, imperceptíveis!

 Nataly

23/11/2011

Interpretação e julgamento

Perguntaram-me: você não se preocupa com o que os outros pensam a seu respeito? Disse que não, pois a opinião da maioria das pessoas a meu respeito é baseada em senso comum, ou seja, é construída a partir de informações do mundo limitado e medíocre em que vivem. Na verdade, são elas que deveriam se preocupar com o que eu penso a respeito delas. Enquanto elas simplesmente me julgam, eu as interpreto com lentes das teorias que me ajudam a entender o mundo.

Alexsandro

Risos mediocres e adiposos

As pessoas querem ser enganadas. Ou, no dizer de Schopenhauer: "Quanto menos inteligente um homem (ou mulher) é, menos misteriosa lhe parece a existência".

Imitando novamente Schopenhauer: sai de tua ignorância, amigo e amiga, acorda, pois "a soma de barulho que uma pessoa pode suportar (ou provocar) está na razão inversa de sua capacidade mental" e esses risos envenedado de ressentimentos pela vida não te farão uma pessoa melhor.


Alexsandro

20/11/2011

Como um morango podre para a torta


Sempre sou questionado sobre minha trajetória acadêmica e como observo o universo universitário e escolar. Bem, por onde começa? Vejamos...
Infelizmente a maioria dos frequentadores (chamo de frequentadores porque muitos não são mais do que isso) das salas de aulas não faz a menor ideia do papel social que os tocam. Não tenho certeza, mas parto do pressuposto que para que alguém possa ser chamado de acadêmico alguns predicados essa pessoa deveria apresentar:

1. Certo esclarecimento e consciência a respeito do papel social do curso que pretendeu fazer;
2. Um pouco de disciplina monástica para ser gasta em sala e nos seus estudos extraclasse;
3. Interesse por aquilo que decidiu aprender, afinal ele decidiu aprender algo sobre algo;
4. Esclarecimento sobre o universo profissional do qual pretende fazer parte, e;
5. Paciência.

Infelizmente, viver tudo isso não é para todos. Muitos são idiotas "eletronizados", cujo cérebro ficou emergido durante algum tempo em uma panela com vinagre. Uma pandilha de gente sem um pingo de educação que tratam a aula como balada regada a música ruim.
Não, muitos não são pessoas ruins, pelo contrário. Mas são engolidos pelo hálito fedorento da mediocridade que exala um tsunami de babaquices que inunda de barulho o universo que deveria ressoar com ecos de ciências e filosofias.
Criatividade, maluquice genial, rebeldia ativa, força de vida que provoca vontade de pensar o diferente ou o que ai está? Não, nada disso é visível entre os frequentadores. Só dor, afinal eles frequentam a dor - frequentador(es). Muitos nem sabem, mas estão construindo para si um fim que só pode ser melancólico: passar o resta da vida falando mal do curso que frequentaram, com o agravante de não saberem do que estão falando.
Algumas vezes quando a coisa começa a funcionar, chega o morango podre da torta. Estão mais preocupados em bater papo em voz alta e mandar mensagens via celular do que ouvir o que está sendo discutido na sala. O pior é que tem gente que acha que é bonito ser idiota. Pena que não exista um programa tipo fotoshop para cérebros. Eu sei que é feio chutar cachorro morto, mas existem coisas que são indefensáveis e um pouco de honestidade intelectual faz muita falta.
Do lado dos professores há muitos que parecem que foram alimentados com suquinho de merda e bolacha de dejetos radioativos. Fazem das aulas um teatro para piadas que só servem para matar o tempo e frases de autoajuda que não deveriam ser pronunciadas no espaço na academia, a não ser que fossem para serem ridicularizadas.
A conclusão? Qualquer um que tenha esperança em um futuro grandioso para humanidade é porque nunca frequentou uma sala de aula, se o fizesse cortaria os pulsos com uma faca de açougueiro suja de sangue de boi. O espírito intelectual de muitos frequentadores é tão cheio de vontade de vida quanto um cadáver de frango rodando em um forno.

05/11/2011

Fui entender isso já adulto


Eu nasci para ser celular
Eu sou em essência calça jeans
Minhas pernas são eletrônicas
Meu sangue coca-cola
Vivo em fios de etiquetas
Sonho em caixas de sapatos

Sou matéria morta de homem

Alexsandro