Não há noção de Pátria que não traga uma dose exagerada de idolatrias, doutrinas e farsas. Todo ato de adoração à Pátria é um ato de adoração aos crimes que foram cometidos para que esta aparecesse e se mantivesse.
Quem ama uma Pátria faz de tudo para que outros também a amem. Não há fervor patriótico sem uma gama considerável de intolerância, fé cega, intransigência ou proselitismo.
A Pátria é uma assassina em potencial. Há na história humana dois motivos pelos quais mais se matou ou se morreu: por um deus ou por uma pátria. Devoção fervorosa e sangue. Gemidos e hinos. Fé religiosa e devoção patriótica se igualam no número de vítimas que fizeram. Os mais violentos crimes foram e são cometidos em nome de uma ortodoxia, religiosa ou política, não importa.
Daí o patriota e o fanático religioso se confundirem. E por serem como são, eles são um perigo. Os melhores e mais eficazes assassinos podem ser encontrados entre os patriotas e fanáticos religiosos: morrem e matam em nome de uma crença, de uma ficção.
A pátria é um conjunto de signos: honrar uma pátria, fazer guerras por uma pátria. Não perceber que por causa dela a vida deixa de criar, que o sangue que ela faz correr e o sangue que ela exige em nome de "proteção" é o mesmo sangue que poderia estar sendo dirigido para uma vida mais cheia de possibilidades.
O que alimenta tal atitude patriótica é a incapacidade de compreender a complexa trama de elementos que envolvem a construção do seu conteúdo e do seu funcionamento. Havendo, por conseguinte, uma redução dos seus elementos componentes dentro de uma elaboração de visão de mundo extremamente centrada em um conteúdo moral. A incapacidade de compreender e de conceber a pátria como uma invenção, como uma construção, pode levar a geração de um conteúdo moral que busca evitar qualquer esforço reflexivo, qualquer análise sobre as implicações de se viver sob um regime patriótico. Esse conteúdo moral pode chegar às raias da crueldade, da brutalidade, do totalitarismo e do fascismo. Tal conteúdo moral quase sempre desqualifica os esforços do pensamento criterioso e analítico. Assim, a incapacidade de autocrítica, somada a condenação a qualquer tipo de crítica, fazem do “patriocentrismo” uma atitude arrogante, fundada em idéias preconcebidas, tendo seus discursos calcados em pressupostos arbitrários, caprichosos e injustos.
Quem ama uma Pátria faz de tudo para que outros também a amem. Não há fervor patriótico sem uma gama considerável de intolerância, fé cega, intransigência ou proselitismo.
A Pátria é uma assassina em potencial. Há na história humana dois motivos pelos quais mais se matou ou se morreu: por um deus ou por uma pátria. Devoção fervorosa e sangue. Gemidos e hinos. Fé religiosa e devoção patriótica se igualam no número de vítimas que fizeram. Os mais violentos crimes foram e são cometidos em nome de uma ortodoxia, religiosa ou política, não importa.
Daí o patriota e o fanático religioso se confundirem. E por serem como são, eles são um perigo. Os melhores e mais eficazes assassinos podem ser encontrados entre os patriotas e fanáticos religiosos: morrem e matam em nome de uma crença, de uma ficção.
A pátria é um conjunto de signos: honrar uma pátria, fazer guerras por uma pátria. Não perceber que por causa dela a vida deixa de criar, que o sangue que ela faz correr e o sangue que ela exige em nome de "proteção" é o mesmo sangue que poderia estar sendo dirigido para uma vida mais cheia de possibilidades.
O que alimenta tal atitude patriótica é a incapacidade de compreender a complexa trama de elementos que envolvem a construção do seu conteúdo e do seu funcionamento. Havendo, por conseguinte, uma redução dos seus elementos componentes dentro de uma elaboração de visão de mundo extremamente centrada em um conteúdo moral. A incapacidade de compreender e de conceber a pátria como uma invenção, como uma construção, pode levar a geração de um conteúdo moral que busca evitar qualquer esforço reflexivo, qualquer análise sobre as implicações de se viver sob um regime patriótico. Esse conteúdo moral pode chegar às raias da crueldade, da brutalidade, do totalitarismo e do fascismo. Tal conteúdo moral quase sempre desqualifica os esforços do pensamento criterioso e analítico. Assim, a incapacidade de autocrítica, somada a condenação a qualquer tipo de crítica, fazem do “patriocentrismo” uma atitude arrogante, fundada em idéias preconcebidas, tendo seus discursos calcados em pressupostos arbitrários, caprichosos e injustos.
Alexsandro