O que levaria, por exemplo, alguém escolher uma prática religiosa como o pentecostalismo? Muitos estudiosos responderam a tal questão tendo em mente que a busca por tais grupos acontecia, sobretudo, por motivos que traziam em suas variáveis a ênfase na formação de redes sociais, onde a troca de bens e serviços fluía entre os membros da congregação. A afiliação a uma igreja possibilitaria as pessoas criarem laços de relações, contatos intergrupais (e até extragrupais) na medida em que existiriam elos que as ligariam conjuntamente. Desta forma os mais predispostos para conversão seriam justamente aqueles para quem a religião possibilitasse não apenas as recompensas extre-terrenas, mas, principalmente, uma sobrevivência social.
Não que discorde totalmente desta forma de perceber o fenômeno religioso nesses tempos que caracterizam o inicio do século XXI. Digo apenas que não é mais suficiente pensar os fenômenos religiosos que atualmente presenciamos com a mesma fundamentação, uma vez que o eclodir de um número cada vez maior de igrejas não representa uma tentativa de volta a coletividade, mas, isso sim, uma acentuação do individualismo. Não representa uma reação contrária aos efeitos da modernidade sobre a sociedade, mas a acentuação de certos fenômenos característico da própria modernidade, motivados sobretudo pelas não realizações das promessas desta mesma modernidade. Não é também uma procura mística, é algo racional. É correto entender que pode haver em certas pessoas a necessidade de experimentarem alguma forma de relação mística com um sobrenatural, mas o que assistimos nessa proliferação de igrejas é outra coisa, diz respeito a uma experiência que tem como base os ímpetos e desejos individuais e consumistas, não a busca de um coletivo de relações geridas por um sistema religioso.
Não que discorde totalmente desta forma de perceber o fenômeno religioso nesses tempos que caracterizam o inicio do século XXI. Digo apenas que não é mais suficiente pensar os fenômenos religiosos que atualmente presenciamos com a mesma fundamentação, uma vez que o eclodir de um número cada vez maior de igrejas não representa uma tentativa de volta a coletividade, mas, isso sim, uma acentuação do individualismo. Não representa uma reação contrária aos efeitos da modernidade sobre a sociedade, mas a acentuação de certos fenômenos característico da própria modernidade, motivados sobretudo pelas não realizações das promessas desta mesma modernidade. Não é também uma procura mística, é algo racional. É correto entender que pode haver em certas pessoas a necessidade de experimentarem alguma forma de relação mística com um sobrenatural, mas o que assistimos nessa proliferação de igrejas é outra coisa, diz respeito a uma experiência que tem como base os ímpetos e desejos individuais e consumistas, não a busca de um coletivo de relações geridas por um sistema religioso.
Alexsandro