26/01/2011

Destino


O preço que pagamos por cada gesto nosso diante do mundo, o que desejamos, o que acalentamos, flutua na gratuidade. Não há um sentido oculto em alguma zona nebulosa esperando para ser descoberto. A existência é o que se ver, não há mais nada além disso. Se não é como sonhamos, é problema nosso, a natureza não vai criar uma resposta apenas para nos sentirmos melhores. Existimos tal qual as outras coisas. A existência é como uma coisa. O sentido é como uma coisa. Tudo é gratuito. Tudo tem o mesmo valor. Para perceber o absurdo de tudo isso basta olhar os móveis, as paredes, as pessoas, as árvores, a água, o mundo e perguntar o que estas coisas têm a ver conosco, comigo, com você, como elas foram parar ali, como elas entraram na existência e que direção seguirão. O destino delas é o nosso destino.
Alexsandro