Nossas interpretações e críticas são sempre construídas a
partir de quem manda. É desta forma, por exemplo, que se fala muito contra o
Estado e sua forma de governo sobre nós, contra os diversos tipos de lideres
que se encontra em empresas, igrejas, escolas, etc.. As criticas são sempre
construídas tendo como referência principal quem manda. ¿E se invertêssemos a
lógica e afirmássemos que o problema não é abuso ou excesso de poder, mas o
abuso e o excesso de obediência? ¿Será que parte dos nossos problemas em ajustar
melhor a vida em sociedade não se encontra na nossa excessiva obediência a
qualquer forma externa de governo sobre nós?
¿A desresponsabilização de si diante da vida fica mais fácil
quando temos a quem culpar por nossos infortúnios?¿ Parte da nossa aceitação em
se deixar governar e, como consequência, nossa excessiva obediência, adviria do
pensamento de que a obediência a outro tira de quem obedece as
responsabilidades? A ideia é bem simples: obedecer para ter a quem culpar
quando algo sair errado, desta forma a culpa será de quem deu a ordem e não de
quem obedeceu. ¿Essa não seria uma forma covarde de viver?
Alexsandro